Texto do Dr. Althen Teixeira Filho
Professor Univ.Fed. Pelotas
"Agrotóxico" é um tema sobre o qual poderíamos debater horas ou dias,
manifestar opiniões favoráveis ou contra, recomendar o uso ou não,
entretanto, independente deste fato, eles são o que são; venenos sintéticos
de alta potencialidade produzidos pelo homem para "matar pragas". Aliás,
como negar o óbvio expresso no próprio nome? São biocidas - matam tudo o que
tem vida!
Também é fato que "o mundo tem fome", precisa ser alimentado e várias vezes
ao dia. Não obstante, os informados sabem que a produção de alimento atende
esta demanda global. Então, por que ainda tem gente morrendo de fome (de
crianças ainda em úteros, suas mães, até velhos)? A resposta, tão simples
quanto desumana, é que os governos/empresas não têm interesse/estrutura/não
se preparam para a distribuição deste alimento produzido. Em alguns casos,
como em grande parte da parcela de grãos que o agronegócio nacional produz,
a preferência é de alimentar animais. Some-se a isto o fato de que, hoje,
"grãos" não servem só para alimentar, mas passou a ser uma coisa chamada
"*commodity*", que equilibra ou desequilibra a "balança comercial". É
negócio!
A argumentação que discute diferenças entre "volume" e "quantidade" não
passa de tergiversação e discurso ilusório. As doses são abusivas,
criminosas, desproporcionais e só atendem os interesses delituosos das
empresas.
"Pragas" surgem em ciclos biológicos naturais ou por conta do desfrute
equivocado de plantios (mais comum), como nas lavouras comerciais
(monocultivos) que destroem o equilíbrio predador/predado. Muitas "pragas",
assim como as "plantas invasoras", são, na realidade, elementos próprios e
fundamentais à vida de determinados biomas. Elas têm sua designação alterada
visando enganar os menos atentos. Puro engodo de espertalhões.
Como professor de anatomia não possuo a melhor qualificação para dizer qual
a forma adequada de plantar, mas já vi produtores familiares produzindo
qualitativamente, sem agrotóxicos e devo salientar que este grupo não é
pequeno. O interessante é que são combatidos e relegados à sua própria
sorte, recebendo apoio irrisório - uma verdadeira afronta - por parte de
programas governamentais.
Intelectualmente é pobre, e até grotesco, argumentar que para produzir
precisamos anexar ao alimento altíssimas doses de venenos e, ainda insano,
fazer com que o próprio alimento disponibilize a peçonha - como a toxina
*Bt*.
E aqui já alcançamos outro crime - os transgênicos!
Publicações demonstram que esta toxina *Bt* ultrapassa a barreira
placentária, indo agredir a própria segurança do feto (Aris, Aziz &Leblanc,
Samuel. Maternaland fetal exposure to pesticides associated to genetically
modified foods in Eastern Townships of Quebec, Canada. Reproductive
Toxicology. Article in Press). Percebam que esta mãe nem precisa ir até a
lavoura para se contaminar, pois recebe o veneno em sua casa, embalado e com
data de validade. Este "alimento" fantástico também é chamado de
"*commodity*"!
Já está comprovado que os biocidas necessitam aumentar sua dose de
aplicação, pois as "pragas" se tornam resistentes - estão nos envenenando
cada vez mais e mais. Temos, também, a troca de biocidas. A CTNBio já
recebeu pedido de pesquisa visando a aplicação do famoso "agente laranja",
pulverizado por mercenários sobre o Vietnam durante a guerra, e que foi
responsável pela morte em agonia de milhares de pessoas, pela mal formação e
também morte fetal de outros tantos indefesos/inocentes.
E como o organismo recebe um veneno deste tipo? Com morte celular e
alterações gravíssimas.
Alguns hormônios difundem-se nos tecidos orgânicos em valores expressos em
"fentogramas", valor igual a 10-15, ou seja, 0,00000000000001.
Registre-se que a quantidade de agrotóxicos - e produtos presentes em
transgênicos - que ingerimos via alimentar é muito superior e, assim,
entende-se que a ingestão destes geram sangramentos no sistema digestório,
espessamento de mucosas de células intestinais, proliferação celular
desregulada (o que pode levar à câncer), náuseas, alergias gravíssimas,
dificuldade de aprendizado, entre outros".
Os resultados de pesquisas em ratos mostraram que o Glifosato Roundup foi
responsável pela desregulação hormonal e diminuição significativa da
produção de testosterona, corroborando efeitos tóxicos sobre o sistema
reprodutivo endócrino (Romano, Renata Marino; Romano, Marco Aurélio,
Oliveira; Cláudio Alvarenga. Arch Toxicol. 2010, 84:309317), assim como
indutor de más formações fetais (Romano, R. M. et al. Chem. Res.
Toxicol. 2010,* *23, 15861595). E, se ocorre em testículos, pode-se inferir
que os ovários sofram iguais efeitos, já que ambos têm a mesma origem
embriológica. Realço que as conseqüências para as mulheres são muito mais
terríveis, pois elas não renovam seus gametas que, uma vez agredidos ou
alterados, as gestações terão altíssima possibilidade de gerar problemas
(morte fetal, mal formações, etc.). Outros estudos já relacionaram o mesmo
produto ao câncer de próstata.
Recente notícia repassada em 25 de maio de 2011 pelo noticiário alemão
"*Exakt - Das Nachrichtenmagazin*" ( http://www.mdr.de/exakt/8640261.html),
com o título "Glifosato - O perigoso veneno de plantas" (*Glyphosat - Das
gefährliche Pflanzengift) <http://www.mdr.de/exakt/8641123.html>*relata, em
agricultores, doses de 5.6mg/litro de glifosato na urina - esta dose é
elevadíssima se comparada com o volume acima relatado de fentograma com que
os hormônios atuam. Alguns acham que está bem, como o presidente da CTNBio,
que disse que beber um copo deste biocida não traz problemas (*
http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=745)*. Esta defesa apaixonada e
irracional deste produto não combina com a investidura do cargo, mas a
exigida isenção não ocorre, nem por fingimento.
Por fim, lembro que o DDT "*veio para salvar a humanidade das pragas*", mas
como praga/veneno em si mesmo, foi responsável pela morte de muitos, tem-se
fortes suspeitas de ter contribuído pela diminuição na produção de
espermatozóides da espécie humana, diminuição da própria qualidade de vida,
matou animais silvestre - quase extinguiu a águia americana - ainda está
presente em todo o planeta e serviu, de fato, só para enriquecer seus
produtores. A mesmíssima coisa ocorre com o glifosato, e que não é
biodegradável como mentiam as primeiras embalagens, e a Monsanto foi punida
por isto.
Assim, mesmo que pudéssemos escrever muito mais, voltamos ao início.
Agrotóxicos são o que são; biocidas gerando fortunas bilionárias aos seus
produtores. E dane-se o mundo!
P.S. Notem que as crianças em gestação são extremamente agredidas, fato que
parece não importar para alguns grupos, mas nada justifica tamanha sanha em
busca de acúmulo financeiro
Professor Univ.Fed. Pelotas
"Agrotóxico" é um tema sobre o qual poderíamos debater horas ou dias,
manifestar opiniões favoráveis ou contra, recomendar o uso ou não,
entretanto, independente deste fato, eles são o que são; venenos sintéticos
de alta potencialidade produzidos pelo homem para "matar pragas". Aliás,
como negar o óbvio expresso no próprio nome? São biocidas - matam tudo o que
tem vida!
Também é fato que "o mundo tem fome", precisa ser alimentado e várias vezes
ao dia. Não obstante, os informados sabem que a produção de alimento atende
esta demanda global. Então, por que ainda tem gente morrendo de fome (de
crianças ainda em úteros, suas mães, até velhos)? A resposta, tão simples
quanto desumana, é que os governos/empresas não têm interesse/estrutura/não
se preparam para a distribuição deste alimento produzido. Em alguns casos,
como em grande parte da parcela de grãos que o agronegócio nacional produz,
a preferência é de alimentar animais. Some-se a isto o fato de que, hoje,
"grãos" não servem só para alimentar, mas passou a ser uma coisa chamada
"*commodity*", que equilibra ou desequilibra a "balança comercial". É
negócio!
A argumentação que discute diferenças entre "volume" e "quantidade" não
passa de tergiversação e discurso ilusório. As doses são abusivas,
criminosas, desproporcionais e só atendem os interesses delituosos das
empresas.
"Pragas" surgem em ciclos biológicos naturais ou por conta do desfrute
equivocado de plantios (mais comum), como nas lavouras comerciais
(monocultivos) que destroem o equilíbrio predador/predado. Muitas "pragas",
assim como as "plantas invasoras", são, na realidade, elementos próprios e
fundamentais à vida de determinados biomas. Elas têm sua designação alterada
visando enganar os menos atentos. Puro engodo de espertalhões.
Como professor de anatomia não possuo a melhor qualificação para dizer qual
a forma adequada de plantar, mas já vi produtores familiares produzindo
qualitativamente, sem agrotóxicos e devo salientar que este grupo não é
pequeno. O interessante é que são combatidos e relegados à sua própria
sorte, recebendo apoio irrisório - uma verdadeira afronta - por parte de
programas governamentais.
Intelectualmente é pobre, e até grotesco, argumentar que para produzir
precisamos anexar ao alimento altíssimas doses de venenos e, ainda insano,
fazer com que o próprio alimento disponibilize a peçonha - como a toxina
*Bt*.
E aqui já alcançamos outro crime - os transgênicos!
Publicações demonstram que esta toxina *Bt* ultrapassa a barreira
placentária, indo agredir a própria segurança do feto (Aris, Aziz &Leblanc,
Samuel. Maternaland fetal exposure to pesticides associated to genetically
modified foods in Eastern Townships of Quebec, Canada. Reproductive
Toxicology. Article in Press). Percebam que esta mãe nem precisa ir até a
lavoura para se contaminar, pois recebe o veneno em sua casa, embalado e com
data de validade. Este "alimento" fantástico também é chamado de
"*commodity*"!
Já está comprovado que os biocidas necessitam aumentar sua dose de
aplicação, pois as "pragas" se tornam resistentes - estão nos envenenando
cada vez mais e mais. Temos, também, a troca de biocidas. A CTNBio já
recebeu pedido de pesquisa visando a aplicação do famoso "agente laranja",
pulverizado por mercenários sobre o Vietnam durante a guerra, e que foi
responsável pela morte em agonia de milhares de pessoas, pela mal formação e
também morte fetal de outros tantos indefesos/inocentes.
E como o organismo recebe um veneno deste tipo? Com morte celular e
alterações gravíssimas.
Alguns hormônios difundem-se nos tecidos orgânicos em valores expressos em
"fentogramas", valor igual a 10-15, ou seja, 0,00000000000001.
Registre-se que a quantidade de agrotóxicos - e produtos presentes em
transgênicos - que ingerimos via alimentar é muito superior e, assim,
entende-se que a ingestão destes geram sangramentos no sistema digestório,
espessamento de mucosas de células intestinais, proliferação celular
desregulada (o que pode levar à câncer), náuseas, alergias gravíssimas,
dificuldade de aprendizado, entre outros".
Os resultados de pesquisas em ratos mostraram que o Glifosato Roundup foi
responsável pela desregulação hormonal e diminuição significativa da
produção de testosterona, corroborando efeitos tóxicos sobre o sistema
reprodutivo endócrino (Romano, Renata Marino; Romano, Marco Aurélio,
Oliveira; Cláudio Alvarenga. Arch Toxicol. 2010, 84:309317), assim como
indutor de más formações fetais (Romano, R. M. et al. Chem. Res.
Toxicol. 2010,* *23, 15861595). E, se ocorre em testículos, pode-se inferir
que os ovários sofram iguais efeitos, já que ambos têm a mesma origem
embriológica. Realço que as conseqüências para as mulheres são muito mais
terríveis, pois elas não renovam seus gametas que, uma vez agredidos ou
alterados, as gestações terão altíssima possibilidade de gerar problemas
(morte fetal, mal formações, etc.). Outros estudos já relacionaram o mesmo
produto ao câncer de próstata.
Recente notícia repassada em 25 de maio de 2011 pelo noticiário alemão
"*Exakt - Das Nachrichtenmagazin*" ( http://www.mdr.de/exakt/8640261.html),
com o título "Glifosato - O perigoso veneno de plantas" (*Glyphosat - Das
gefährliche Pflanzengift) <http://www.mdr.de/exakt/8641123.html>*relata, em
agricultores, doses de 5.6mg/litro de glifosato na urina - esta dose é
elevadíssima se comparada com o volume acima relatado de fentograma com que
os hormônios atuam. Alguns acham que está bem, como o presidente da CTNBio,
que disse que beber um copo deste biocida não traz problemas (*
http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=745)*. Esta defesa apaixonada e
irracional deste produto não combina com a investidura do cargo, mas a
exigida isenção não ocorre, nem por fingimento.
Por fim, lembro que o DDT "*veio para salvar a humanidade das pragas*", mas
como praga/veneno em si mesmo, foi responsável pela morte de muitos, tem-se
fortes suspeitas de ter contribuído pela diminuição na produção de
espermatozóides da espécie humana, diminuição da própria qualidade de vida,
matou animais silvestre - quase extinguiu a águia americana - ainda está
presente em todo o planeta e serviu, de fato, só para enriquecer seus
produtores. A mesmíssima coisa ocorre com o glifosato, e que não é
biodegradável como mentiam as primeiras embalagens, e a Monsanto foi punida
por isto.
Assim, mesmo que pudéssemos escrever muito mais, voltamos ao início.
Agrotóxicos são o que são; biocidas gerando fortunas bilionárias aos seus
produtores. E dane-se o mundo!
P.S. Notem que as crianças em gestação são extremamente agredidas, fato que
parece não importar para alguns grupos, mas nada justifica tamanha sanha em
busca de acúmulo financeiro
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