TEMPESTADE SOLAR SE APROXIMA DA TERRA E PODE AFETAR EQUIPAMENTOS
WASHINGTON, 7 Mar (Reuters) - Uma forte tempestade geomagnética originária do Sol deve chegar na quinta-feira à Terra, onde pode afetar redes elétricas, transportes aéreos e aparelhos de GPS, segundo especialistas norte-americanos.
A tempestade - foi uma gigantesca nuvem de partículas expelida pelo Sol a cerca de 7,2 milhões de quilômetros por hora - foi provocada por duas erupções solares, de acordo com os cientistas.
Essa é provavelmente a mais violenta tempestade solar em quase seis anos, superando uma semelhante no final de janeiro, segundo Joseph Kunches, um "meteorologista espacial" que trabalha na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
A perturbação solar, segundo Kunches, tem três estágios, dos quais dois já estão afetando a Terra. Primeiro, duas labaredas solares, movendo-se quase à velocidade da luz, chegaram à Terra, na noite de terça-feira. Elas podem afetar transmissões de rádio.
Explosão da Mancha (SUNSPOT) SOLAR 1429 2 a Ejeção de Massa Coronal-CME para o espaço, dessa vez em direção à Terra
Em seguida, a radiação solar atingiu, na quarta-feira, o campo magnético terrestre, com possível impacto sobre o tráfego aéreo, especialmente perto dos polos. Satélites e astronautas em caminhadas espaciais também estão sujeitos aos efeitos dessa fase, que pode durar vários dias.
Finalmente, a nuvem de plasma emitida pela ejeção de massa coronal - que é basicamente um pedaço grande da atmosfera solar - deve chegar na manhã de quinta-feira à Terra. Essa fase pode afetar o funcionamento de redes elétricas, satélites, oleodutos de GPSs de alta precisão usados em certas operações petrolíferas e agrícolas, segundo os cientistas.
O GPS comum, como o dos carros, não deve ser afetado, segundo Doug Biesiecker, da NOAA. Kunches disse que o componente geomagnético da tempestade pode se antecipar um pouco por ocorrer logo depois de uma tempestade anterior, que saiu do Sol no domingo e está atualmente castigando a magnetosfera terrestre.
SUNSPOT AR 1429 e a imagem em ultravioleta da última e poderosa emissão de Flare solar de 07 de março, a mais violenta em seis anos.
"Quando você já teve uma tempestade de ejeção de massa coronal, às vezes a próxima tempestade de ejeção de massa coronal é mais rápida em chegar aqui", disse Kunches.
As tempestades podem produzir vívidas auroras polares, entre outros efeitos. No Hemisfério Norte, o fenômeno poderia ser visto até em latitudes médias, como em Nova York. Cientistas dizem que o Sol está numa fase de atividade ascendente no seu ciclo de 11 anos, e o pico está previsto para 2012.
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Clayr Rosane
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