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Eu Vou Falar De Uma Experiência Que Eu Tive:
Conheci um médico que se dizia muito amigo, solidário. Sempre me criticando pelo que eu fazia, pelo tempo que eu perdia, que eu devia arranjar mais recursos monetários, que devia pensar mais em mim. Mas como? Numa época em que a medicina ainda se arrastava, que os conhecimentos que tínhamos eram poucos. Como eu podia abandonar tantos enfermos a quem, às vezes, podia dar tão somente um pouco de conforto, um pouco de consolo, porque eu sabia das minhas limitações. Mas ao chegar no plano espiritual, eu constatei que eu nunca estive sozinho em meu consultório, tinha pessoas que saíam de lá e ficavam curadas. O que foi que curou?
Em verdade, havia dezenas e dezenas de companheiros do plano espiritual: socorrendo, ajudando, aproveitando a minha presença para atuarem mais, para servirem. Então, na verdade, foi Bezerra de Menezes que ajudou todos aqueles pobres que ficavam tão agradecidos? Não meus filhos, eu, na verdade, fui mero instrumento, instrumento imperfeito. Agora, eles, do plano espiritual sim, ajudaram muito, resolveram problemas de depressão que muitas vezes escondiam dramas familiares, resolveram problemas de obsessão. Claro que não resolveram, às vezes, o problema do pão, do arroz, do feijão. Mas naquela época, por incrível que possa parecer a vocês, arroz, feijão e fubá não faltava na mesa do pobre. Arroz e feijão, hoje, é luxo na mesa do pobre.
Vocês vejam, existe um mundo de amigos com quem a gente está, que se preocupam conosco. Tive um amigo que, muitas vezes, me mandava uma banda de porco, ficávamos nós com a gordura para dois, três meses e a minha esposa não esquecia um instante de elogiar esse amigo, que tinha me dado uma banda do porquinho engordado. Eu também salivava com os pedacinhos de carne de porco que punha lá e tinha o capricho de partir e por na farinha, principalmente farinha torradinha.
Mas esse amigo, eu cheguei ao plano espiritual um dia e vi uma pessoa enlouquecida e eu falei:
- Quem é ele? Porque está assim tão desesperado?
Ele desencarnou 15 anos depois de mim. Eles falaram:
- É de onde você veio.
Eu fui vê-lo. Quando ele me viu, ele falou:
- Bezerra eu estou sofrendo muito, eu estou muito infeliz, deixei tanta coisa para trás, tanta coisa boa e hoje eu estou aqui sem saber o que fazer de mim. Vim para este local, não gosto de ninguém aqui, não consigo me adaptar, eu quero voltar para minha casa.
Então eu disse para ele que voltar para casa dele seria a pior coisa do mundo. Porque a esposa não iria falar com alguém que era fantasma, intocável. Os filhos tinham ficado todos muito bem, estavam gastando a larga tudo aquilo que ele havia deixado, o seu patrimônio, a não ser um dos filhos que também se tornou médico e que foi uma pessoa muito sensata. A não ser isso, as filhas casadas, sempre naquele processo de se divertir, não valia a pena voltar. Então eu disse para ele:
- Olha é melhor você se arranjar, com esse amigo aqui, porque eu passei a vida inteira ouvindo os seus conselhos, agora chegou a vez de você ouvir os meus.
E ele falou:
- Não me interessa os seus conselhos.
Eu falei:
- Os seus também não me interessavam, no entanto eu os ouvi. Agora chegou a sua vez de ouvir o que não te interessa.
Ele ficou um tanto assustado e foi embora.
Eu falei:
- Olha, quando você precisar de um amigo, me procura.
Passaram uma duas semanas, mais ou menos, daí a pouco eu o vi correndo pelo corredor.
- Bezerra, eu não vou conseguir mesmo voltar para minha casa, vou Ter que ficar aqui. Será que você me arranja um jeito de eu fazer alguma coisa? Falaram que eu não posso trabalhar aqui. Você imagina, um médico que ganhou rios de dinheiro como eu, fui para França, fiz tanto, tanto e tanto pela medicina, fui homenageado. Agora eu chego aqui, e não posso fazer nada!
Falei:
- Não... Tem uma ala aqui que você vai poder fazer muito por eles.
Entrei com requerimento junto ao Ministério e arranjamos uma ala de ricos insuportáveis, que estavam em tratamento, para que desfiassem as suas inúmeras queixas, dia após dia, naquele ouvido, tão pouco propenso a ouvir e aquela boca tão propensa a falar o que não convinha.
Eu continuei trabalhando e ele lá no meio de alguns conhecidos muito ricos que também tinham perdido tudo. Porque tudo que conquistaram estava na terra, não tinham nada no plano espiritual. Esqueceram de passar, para o muro de lá, as bagagens que teriam de, ao saltar o muro, carregar.
Quem podia trabalhar não ia perder tempo com lamúria, não é? Então ele ficou com essa tarefa.
Ele não gostava de pegar o dinheiro deles? Não queria o consultório cheio de mulheres ricas, bem vestidas, perfumadas?
Quando eu tirava bicho de pé nos meus pobres, porque nos cortiços dava muito bicho de pé, ou tratava daqueles ferimentos, carrapato, sarna, tanta coisa...
Ele ficava horrorizado e falava:
- Você foi aprender Medicina para fazer isso que você faz?
Pois foi isso que me ajudou. Se vocês querem crescer, meus filhos, vão tratar uma sarna.
Que o mestre nos ampare.
Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Soares Campos
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Quando Jesus enviou os Setenta da Galileia, para que lhe preparassem o caminho concedeu-lhes a faculdade de curar, de afastar os Espíritos perversos e de enfrentar as dificuldades sob a Sua proteção.
E, assim, aconteceu.
Hoje, Ele te chama, para que prossigas auxiliando o teu próximo, e confia em ti; faculta-te o valioso recurso do passe.
(Divaldo Franco/Joanna de Ângelis em 28.12.2015)
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AVE MARIA
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as
mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus.
Santa Maria, Mãe de Jesus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de
nossa morte. Amém.
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PAI NOSSO
Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o
Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão
nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como
nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal. Amém.
JESUS
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